“Histórias do Brejas” volta no tempo para relembrar uma noite inacreditável vivida em Paris pelos confrades Daniel, Ricardo, Guilherme e Mauricio. O calendário marcava 04 de setembro de 2004.
Após três dias percorrendo juntos os roteiros básicos de Paris, decidimos tirar um dia inteiro para, cada um, fazer sua rota individual e curtir livremente o dia. Assim, nos separamos logo pela manhã e marcamos de nos encontrar às 20:00 horas em frente ao Louvre para, então, decidirmos em qual boteco iríamos encher a nossa cara.
Eu e o Ricardo tínhamos planos parecidos, de forma que nos encontramos antes do horário combinado. Mauricio e Guilherme, cada qual, foram para lados opostos da cidade.
Pois bem, o dia passou e, no local e horário combinados, Ricardo e eu esperamos por cerca de 40 minutos os figuras. Nada… Resolvemos, então, prosseguir, supondo que eles poderiam ter mudado seus planos e abortado a idéia do encontro.
Como estávamos em frente ao Louvre, seguimos para o Quartier Latin, onde, após passar na frente de uma dúzia de bares, resolvemos eleger um deles e finalmente entramos.
Por volta da segunda rodada de brejas, quem aparece na calçada olhando para a fachada do bar? Mauricio! Ele olha, olha, pensa, e entra… e nos encontra…
Incrível! Sem qualquer combinação, em plena Paris, Mau-Mau garganta seca elege o mesmo boteco que nós… Festa!
Mais uma rodada de brejas. Agora éramos três.
Papo vem, papo vai, onde estará Guibão? O relógio apontava 22:00 horas e nada dele… Bom, ele é adulto e saberá se virar, pensamos. Ninguém mandou não aparecer no local e hora combinados… Azar dele, terá de tomar umas sozinho.
Mas… não demorou muito e, inesperadamente, o milagre começou a se desenhar. Nós três, sentados dentro do bar, devidamente abastecidos… Eis que surge defronte ao boteco Guilherme. E parecia até mentira… Ele pára, olha, sequer hesita e entra. Bingo!
Não sei até hoje se a surpresa maior foi a nossa ao vê-lo, ou se foi a dele aos nos encontrar dentro de um mesmo boteco, sem qualquer tipo de combinação, num dos trocentos bairros da cidade, o qual tem uma infinidade de bares e restaurantes, numa metrópole como Paris… Eis o Milgre do Quartier Latin.
Até hoje, quando retornamos a Paris, visitamos esse bar, que virou símbolo de uma noite indescritível e incomparável.
Quartier Latin, poucos metros antes da fachada do bar do “milagre”.
Comments
5 responses to “O Milagre do Quartier Latin”
qual o nome do bar, afinal ? vcs lembram ?
Acabei de descobrir o nome do bar: Le Petit Taverne. Na epoca nao anotamos, mas agora descobri no Google Maps.
Daniel procurei por Le Petit Taverne no google maps e apareceram varios lugares. Vc pode ser mais especifico??eu achei um mas não era no quartier latin. Muito obrigado,
Frederico
Frederico, respondi no seu e-mail. De qualquer forma, o endereço é este: 3 Rue de la Huchette, 75005 Paris, France? – 01 43 54 67 54?
Abração!
Muito obrigado Daniel. Estou indo para françe belgica em julho. Vc tem outros lugares para indicar??
Frederico carvalho