Já que as deliciosas cervejas da Nova Escola Americana ainda não desembarcaram em terras patropis, somos forçados a nos virar caso queiramos degustá-las.
O mestre cervejeiro Alfredo Ferreira (Grupo Schincariol) esteve recentemente nos Estados Unidos acompanhando a colheita de lúpulo no estado do Oregon. Por sua vez, este escriba zanzou por Nova York em março último. Em ambas as viagens — que tiveram cunho eminentemente cervejeiro — como de praxe, aproveitamos para forrar nossas malas com as brejas artesanais da terra do Tio Sam.
Semana passada, na companhia da beer sommelier Kathia Zanatta e da nutricionista Fabiana Panobianco, pusemos enfim as meninas pra jambrar. Alfredo contribuiu com as brejas da Full Sail Brewing Co., de Hood River (Oregon), e eu com um mix de gringas variegadas. Feito o carreto, demos início aos trabalhos.
Para inaugurar a degustação, a Colorado Kölsch, da Steamworks Brewing Co. (Durango, Colorado), não exatamente fiel ao estilo alemão, mas com uma carga lupulada bastante interessante. Depois, a Full Sail Pale Ale, corretíssima e deliciosa.
Na sequência, Full Sail Amber e Full Sail IPA. A primeira, com uma pegada de malte torradinho apaixonante, e a segunda com… lúpulo Cascade, claro! Muito lúpulo, para hopheads de carteirinha, a exemplo deste escriba e do Alfredo. Terminamos em glória com as maravilhosas Dogfish Head Raison D´Etre, uma inacreditável Belgian Dark Strong Ale com uvas-passas na receita, e a magistralmente complexa Russian Imperial Stout Old Rasputin, de tomar ajoelhado.
Pra terminar, a pergunta incômoda, e que não quer calar: Até quando a esmagadora maioria dos entusiastas brasileiros de cervejas vai continuar a contentar-se em apenas babar lendo um texto como esse? Alô, importadoras!
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