A esperança das microcervejarias artesanais em diminuir o sabor amargo dos impostos cobrados sob a cerveja e o chope tem chances de ser concretizada. Está em fase final a redação de um projeto de lei proposto pelo governo de Santa Catarina que prevê benefícios às microcervejarias do Estado.
A principal mudança será a redução de 12 pontos percentuais no ICMS, que hoje é de 25%. O projeto deve entrar em tramitação na Assembleia Legislativa até o início da próxima semana. O texto prevê que somente cervejarias com produção de até 200 mil litros de chope por mês podem ser beneficiadas. A Cervejaria Eisenbahn, com produção de 250 mil litros/mês, ficaria de fora.
Outro fator determinante para o recebimento do benefício é que as empresas deverão estar em dia com a Fazenda Estadual. A expectativa do presidente da Associação das Cervejarias Artesanais de SC, Edgar Freitas, é que oito empresas sejam favorecidas, mas não revelou quais. A redução é uma reivindicação que vem sendo feita há dois anos pelo setor. Mas Freitas mantém cautela.
Para o sócio-proprietário da Schornstein, de Pomerode, Maurício Zipf, se a redução vier, será em boa hora. Segundo Zipf, a cervejaria enfrenta uma crise que teve início há um ano, com a Lei Seca.
Tragédia das chuvas atingiu em cheio o setor
A Oktoberfest sem o feriadão e as chuvas contínuas prejudicaram o movimento tanto dentro do Parque Vila Germânica, quanto na sede da cervejaria. O golpe mais duro, porém, foi a tragédia de novembro, que fez o movimento de turistas cair em relação aos anos anteriores.
– A diminuição do imposto dará um novo fôlego aos que estão trabalhando com lucro quase zerado. A medida evitará que cervejarias da região fechem as portas – espera Zipf.
O Gerente Industrial da Zehn Bier, Guilherme Albani, acredita que o benefício poderá compensar o inverno ruim e ser revertido em investimentos nas fábricas.
– Poderemos reverter a redução em melhorias na cervejaria e na fábrica. O objetivo é torná-las pontos turísticos mais fortes e atrair novos investimentos – deseja Albani.
Fonte: Diário Catarinense.
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