Brasil Brau 2011: Terceiro dia

Dia3

Maior feira voltada à tecnologia cervejeira da América Latina, a Brasil Brau 2011 teve na última quinta-feira, 7/7, seu terceiro e último dia com presença maciça de público.  

O espaço Degusta Beer foi o mais concorrido, com gente se acotovelando para experimentar as criações das 30 microcervejarias participantes. Já na área técnica do evento, público e profissionais do ramo cervejeiro puderam conferir, por meio de estandes ultrassofisticados, o que há de mais novo em equipamentos e insumos para cervejarias pequenas, médias e grandes. Brindando a cultura cervejeira, o XII Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia Cervejeira, que aconteceu paralelamente à Feira, teve presenças ilustres, bem como palestras e mesas-redondas pra lá de interessantes.

Um show de organização

A cargo da Cobracem (Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte) e Fagga Eventos, a organização da Brasil Brau foi elogiada pela maioria dos presentes. Na entrada do Transamérica Expo Center, local do evento, o público era recebido e identificado com rapidez e eficiência. Os leitores, avaliadores e foristas do BREJAS tiveram deferência extra: Todos ganharam convites gratuitos (custavam R$ 30 para o público em geral) e foram identificados por um “pin” que facilitava o reconhecimento e a integração dentro da feira.

Um ponto que gerou controvérsia foi a gratuidade quase geral das cervejas em exposição. Dias antes do início da Brasil Brau 2011, a organização do evento divulgou release oficial informando que as cervejas custariam ao degustador R$ 3 pela “dose” de 10 a 100 mililitros, dependendo do expositor. Todavia, logo no início do primeiro dia de feira, apenas alguns (poucos) expositores estavam cobrando, de forma isolada e sem critério uniforme, pelas suas brejas. Fica a lição para a próxima edição: Cobrar pelas cervejas, mesmo que modicamente, evita injustiças para os expositores, bem como o clima de “festa do chope” que o evento corre o risco de ter um dia — e que, certamente, não é o propósito da Brasil Brau.

Brasil Brau 2012???

Outra observação a ser colocada é a periodicidade da Brasil Brau. A constatar através da galopante evolução do mercado e da cultura cervejeira no país, será que não está na hora de tornar a feira anual — e não bienal, conforme o modelo vigente?

Este escriba pensa que sim. O mercado cervejeiro brasileiro já se encontra maduro o suficiente para abrigar uma feira por ano. As novidades estão pipocando em velocidade muito maior do que há alguns anos, a requerer mais exposição em mídia que, ao menos por enquanto, somente um evento do porte da Brasil Brau pode proporcionar.

Organizar uma Brasil Brau por ano estimula o setor cervejeiro a preparar com mais rapidez as novidades em cervejas, máquinas e insumos para o ano seguinte. E cria no público consumidor uma saudável expectativa, que hoje é quebrada pelo interregno excessivo entre uma edição e outra.

Certa, de verdade, é a data já marcada para a próxima Brasil Brau, que acontecerá de 25 a 27 de junho de 2013. Mas já fica o apelo de todos os apaixonados por cerveja do país: Que tal organizarmos a Brasil Brau 2012???

Cilene Saorin agradece

À frente da Cobracem juntamente com a mestra cervejeira Kathia Jorge, a sommelier de cervejas Cilene Saorin agradece aos participantes e visitantes da Brasil Brau 2011 no vídeo abaixo:

E, enquanto aguarda pela Brasil Brau 2013 (ou 2012, quem sabe?), acompanhe abaixo as imagens do último dia da feira:


Comments

2 responses to “Brasil Brau 2011: Terceiro dia”

  1. viccenzo carone Avatar
    viccenzo carone

    Bom, em primeiro lugar gostaria de lamentar o fato de não ter ido à feira algo que gostaria muito. Porém, o objetivo deste post é discordar de você, Maurício, sobre o custo da cerveja; embora acredite que seu ponto de vista é válido, não creio que o evento tome esta perspectiva de “boca livre” de cerveja por conta da especifidade de público e produtos oferecidos à degustação. Depois não creio que 3 reais por degustação seja exatamente um preço módico, pode parecer para certas pessoas, mas acredito que evento também tenha estabelecido nesta edição a possibilidade de dar oportunidade a pessoas de degustarem produtos ao qual elas financeiramente poderiam não ter acesso, algo, que, se houvesse uma cobrança além dos 30 reais poderia claramente não ocorrer. Creio que em um país como o nosso, o próprio valor da entrada faz-se mas que suficiente para fornecer tal possibilidade aos consumidores.

  2. Sergio Pimentel Avatar
    Sergio Pimentel

    Olá…me aproprio das palavras do Viccenzo, também lamento de não poder ter prestigiado o evento, mas acho que a imposição de cobrança pela experimentação não é valida, o próprio ambiente e as pessoas que o frequentam dão o tom…não é preciso se preocupar com “bebedeiras” neste tipo de evento (vide tantos outros sem relatos de tal fato), talvez uma “idéia” seria trocar o valor do ingresso por degustações…aí quem sabe…

Leave a Reply