Cerveja é coisa de mulher!

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Hoje celebramos o Dia Internacional da Mulher, e seria inadmissível ignorarmos a data já que cerveja é mesmo coisa de mulher.
Historicamente a produção de cerveja, enquanto atividade caseira, cabia às mulheres. Na divisão das tarefas os homens se encarregavam de tarefas como caçar, guerrear e trabalhar enquanto às mulheres eram destinados os deveres do lar, como cozinhar e fazer cerveja. Na cultura viking, por exemplo, a produção de cerveja não só era destinada às mulheres como era lei que a prática e os equipamentos utilizados fossem propriedades exclusivas delas.
Em algumas culturas essa prática era carregada de prestígio. Na Babilônia e na Suméria, por volta de 4.000 a.C., as mulheres cervejeiras (Sabtiem) eram consideradas pessoas especiais, com poderes quase divinos.
Nota-se tratamento parecido em casos menos antigos, como as requisitadas reuniões na casa de Martinho Lutero, onde os visitantes eram recebidos em jantares deliciosos acompanhados pela cerveja caseira produzida por sua esposa Catarina. Ou no caso do rei Alreck de Hordoland, que se casou com a rainha Geirheld atraído quase que exclusivamente por seus famosos dons cervejeiros.
As mulheres deixariam de dominar a produção cervejeira em meados do fim do século XVIII, quando a cerveja surge como negócio atraindo os homens e as grandes empresas do segmento na época.
Porém com a constante conquista de espaço das mulheres na sociedade, atualmente elas reaparecem como peças importantes dentro das cervejarias e do mercado cervejeiro. Cada vez mais passam a figurar também como potenciais consumidoras, atraindo a atenção das grandes cervejarias e culminando na mudança do discurso machista presente na comunicação das marcas. No Brasil pode-se observar isso no recente e crescente processo de “desbundalização” da propaganda cervejeira.
No nosso país algumas mulheres são peças fundamentais no mercado e especialistas requisitadas quando o assunto é cerveja. Chamamos algumas delas para nos ajudar a explicar:Hoje celebramos o Dia Internacional da Mulher, e seria inadmissível ignorarmos a data já que cerveja é mesmo coisa de mulher

Por Bruno Couto, do blog Eu Bebo Sim, de onde a matéria a seguir foi reproduzida

Historicamente a produção de cerveja, enquanto atividade caseira, cabia às mulheres. Na divisão das tarefas os homens se encarregavam de tarefas como caçar, guerrear e trabalhar enquanto às mulheres eram destinados os deveres do lar, como cozinhar e fazer cerveja. Na cultura viking, por exemplo, a produção de cerveja não só era destinada às mulheres como era lei que a prática e os equipamentos utilizados fossem propriedades exclusivas delas.

Em algumas culturas essa prática era carregada de prestígio. Na Babilônia e na Suméria, por volta de 4.000 a.C., as mulheres cervejeiras (Sabtiem) eram consideradas pessoas especiais, com poderes quase divinos.

Nota-se tratamento parecido em casos menos antigos, como as requisitadas reuniões na casa de Martinho Lutero, onde os visitantes eram recebidos em jantares deliciosos acompanhados pela cerveja caseira produzida por sua esposa Catarina. Ou no caso do rei Alreck de Hordoland, que se casou com a rainha Geirheld atraído quase que exclusivamente por seus famosos dons cervejeiros.

Homens dominaram a produção só no século 18

As mulheres deixariam de dominar a produção cervejeira em meados do fim do século XVIII, quando a cerveja surge como negócio atraindo os homens e as grandes empresas do segmento na época.

Porém com a constante conquista de espaço das mulheres na sociedade, atualmente elas reaparecem como peças importantes dentro das cervejarias e do mercado cervejeiro. Cada vez mais passam a figurar também como potenciais consumidoras, atraindo a atenção das grandes cervejarias e culminando na mudança do discurso machista presente na comunicação das marcas. No Brasil pode-se observar isso no recente e crescente processo de “desbundalização” da propaganda cervejeira.

No nosso país algumas mulheres são peças fundamentais no mercado e especialistas requisitadas quando o assunto é cerveja. Chamamos algumas delas para nos ajudar a explicar:

arreguy

Fabiana Arreguy – Jornalista, editora e apresentadora do programa semanal Pão e Cerveja, veiculado pela Rádio CBN BH. Somelier de Cervejas formada em 2010 pela Doemens/Senac SP.

“Costumo dizer que cerveja é substantivo feminino, desde o nome até à essência. Todos sabem que a mulher foi a primeira produtora de cerveja da humanidade; também devemos à mulher a descoberta das propriedades do lúpulo e seu potencial para o uso na cerveja. Dizem que a mulher é mais sensível, mais atenta aos detalhes, é um ser agregador. Se assim o for, a máxima “cerveja é coisa de mulher” é a mais pura verdade,  já que a bebida também agrega, também oculta detalhes que a tornam única e atiça a nossa sensibilidade no olhar, no cheirar, no degustar.”

amandaAmanda Reitenbach – Entre os recentes trabalhos, destacam-se: Finalista do prêmio “Sinapse da Inovação” com o tema Cerveja Probiótica. É idealizadora, coordenadora e professora da pós graduação em processos cervejeiros da Uniasselvi em Blumenau. Trabalha em parceira com grandes cervejarias e no P&D do SENAI. Formada Sommelier de cervejas pelo Senac/Doemens Academy.

“Acredito que a mulher consegue trazer para a cerveja um toque de delicadeza e sofisticação através  sua sensibilidade.”

katiaKátia Jorge – Tem 24 anos de experiência profissional. Trabalhou na VLB-Berlin, BrewTech e em cervejarias como Brahma, Devassa e Gattopardo. Trabalha como consultora em A&B, projetos industriais e gestão de negócios e é vice-presidente da Associação COBRACEM, desde 2010. Também é professora (Uniasselvi em Blumenau) e jurada em eventos cervejeiros no Brasil e exterior.

“Quanto à isso não há dúvidas, cerveja também é coisa de mulher. Até a idade média, cerveja sempre foi coisa de mulher. Antigamente, as receitas passavam de mãe para filha. A cerveja era antes de tudo alimento, portanto, produzida em casa, fazia parte da nutrição da família. Cabia às mulheres essa função, cozinhar, e fabricar cerveja. Estamos resgatando nosso lugar, tirado primeiro pelos mosteiros, e depois pela revolução industrial. As mulheres estão reconquistando seu lugar no mundo cervejeiro, e aos poucos mostram que a boa cerveja é independente do sexo do mestre cervejeiro.”