Brewers Association divulga atualização de Guia de Estilos de Cerveja

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(Boulder, Colorado, Estados Unidos) – A Brewers Association (BA), entidade que reune os cervejeiros artesanais norte-americanos, divulgou agora há pouco a atualização de seu Guia de Estilos de Cerveja. Atualizado anualmente, o Guia atualizado descreve 140 estilos de cerveja e é atualmente o mais usado em competições cervejeiras de prestígio, incluindo a mais importante delas, a World Beer Cup.

Neste ano a novidade é a inclusão de um novo estilo de cerveja, denominado Indigenous Beer, ou cerveja de origem indígena. As orientações especificam que a cerveja desta nova categoria deve conter pelo menos um ingrediente regional e/ou ser elaborada com técnicas comumente utilizadas pelos fabricantes de cerveja em comunidades indígenas ao redor do mundo. Exemplos de indigenous beer podem incluir “releituras” de estilos regionais atuais ou históricos, como o antigo estilo finlandês Sahti, a Chicha sul-americana (elaborada a partir de milho mastigado), cervejas de sorgo africanas, entre outras. Para as competições, os cervejeiros deverão fornecer, para cada estilo de cerveja inscrito, uma descrição de no máximo 100 palavras, a fim de auxiliar os juízes na sua avaliação.

O Guia de Estilos da BA é o mais antigo e completo do meio cervejeiro, e sua primeira edição data de 1979. As descrições nele contidas fornecem referências para fabricantes de cerveja, organizadores do concurso de cervejas, cervejeiros caseiros e entusiastas. Muito do trabalho inicial foi baseado nas contribuições do grande crítico Michael Jackson. Para 2012, as revisões foram feitas a partir de mais de 100 comentários e sugestões elaboradas por juízes dos grandes concursos cervejeiros, como o Great American Beer Festival e a já citada Worls Beer Cup, assim como outros membros da indústria cervejeira.

O Guia de Estilos da Brewers Association atualizado já está  disponível para download  na seção Publicações do site oficial da entidade.

Fonte: BeerNews.org


Comments

2 responses to “Brewers Association divulga atualização de Guia de Estilos de Cerveja”

  1. M. Chaulet Avatar
    M. Chaulet

    Lá vamos nós falar sobre estilos de novo, mas debate sempre é bom. Dizer que o BA é mais antigo até concordo, mas que é mais completo…Comparem os estilos com o do BJCP, por exemplo (vejo o caso de uma weiss).

    GUIA BA:
    South German-Style Hefeweizen/Hefeweissbier
    The aroma and flavor of a Weissbier with yeast is decidedly fruity and phenolic. The phenolic characteristics are often described as clove-, nutmeg-like, mildly smoke-like or even vanilla-like. Banana-like esters should be present at low to medium-high levels. These beers are made with at least 50 percent malted wheat, and hop rates are quite low. Hop flavor and aroma are absent or present at very low levels. Weissbier is well attenuated and very highly carbonated and a medium to full bodied beer. The color is very pale to pale amber. Because yeast is present, the beer will have yeast flavor and a characteristically fuller mouthfeel and may be appropriately very cloudy. No diacetyl should be perceived.
    Original Gravity (oPlato) 1.047-1.056 (11.8-14 oPlato) ? Apparent Extract/Final Gravity (oPlato) 1.008-1.016 (2-4 oPlato) ? Alcohol by Weight (Volume) 3.9-4.4% (4.9-5.5%) ? Bitterness (IBU) 10-15 ? Color SRM (EBC) 3-9 (6-18 EBC)

    Agora o GUIA BJCP:

    15A. Weizen/Weissbier

    Aroma: Moderate to strong phenols (usually clove) and fruity esters (usually banana). The balance and intensity of the phenol and ester components can vary but the best examples are reasonably balanced and fairly prominent. Noble hop character ranges from low to none. A light to moderate wheat aroma (which might be perceived as bready or grainy) may be present but other malt characteristics should not. No diacetyl or DMS. Optional, but acceptable, aromatics can include a light, citrusy tartness, a light to moderate vanilla character, and/or a low bubblegum aroma. None of these optional characteristics should be high or dominant, but often can add to the complexity and balance.

    Appearance: Pale straw to very dark gold in color. A very thick, moussy, long-lasting white head is characteristic. The high protein content of wheat impairs clarity in an unfiltered beer, although the level of haze is somewhat variable. A beer “mit hefe” is also cloudy from suspended yeast sediment (which should be roused before drinking). The filtered Krystal version has no yeast and is brilliantly clear.

    Flavor: Low to moderately strong banana and clove flavor. The balance and intensity of the phenol and ester components can vary but the best examples are reasonably balanced and fairly prominent. Optionally, a very light to moderate vanilla character and/or low bubblegum notes can accentuate the banana flavor, sweetness and roundness; neither should be dominant if present. The soft, somewhat bready or grainy flavor of wheat is complementary, as is a slightly sweet Pils malt character. Hop flavor is very low to none, and hop bitterness is very low to moderately low. A tart, citrusy character from yeast and high carbonation is often present. Well rounded, flavorful palate with a relatively dry finish. No diacetyl or DMS.

    Mouthfeel: Medium-light to medium body; never heavy. Suspended yeast may increase the perception of body. The texture of wheat imparts the sensation of a fluffy, creamy fullness that may progress to a light, spritzy finish aided by high carbonation. Always effervescent.

    Overall Impression: A pale, spicy, fruity, refreshing wheat-based ale.

    Comments: These are refreshing, fast-maturing beers that are lightly hopped and show a unique banana-and-clove yeast character. These beers often don’t age well and are best enjoyed while young and fresh. The version “mit hefe” is served with yeast sediment stirred in; the krystal version is filtered for excellent clarity. Bottles with yeast are traditionally swirled or gently rolled prior to serving. The character of a krystal weizen is generally fruitier and less phenolic than that of the hefe-weizen.

    History: A traditional wheat-based ale originating in Southern Germany that is a specialty for summer consumption, but generally produced year-round.

    Ingredients: By German law, at least 50% of the grist must be malted wheat, although some versions use up to 70%; the remainder is Pilsner malt. A traditional decoction mash gives the appropriate body without cloying sweetness. Weizen ale yeasts produce the typical spicy and fruity character, although extreme fermentation temperatures can affect the balance and produce off-flavors. A small amount of noble hops are used only for bitterness.
    Vital Statistics: OG: 1.044 – 1.052
    IBUs: 8 – 15 FG: 1.010 – 1.014
    SRM: 2 – 8 ABV: 4.3 – 5.6%

    Commercial Examples: Weihenstephaner Hefeweissbier, Schneider Weisse Weizenhell, Paulaner Hefe-Weizen, Hacker-Pschorr Weisse, Plank Bavarian Hefeweizen, Ayinger Bräu Weisse, Ettaler Weissbier Hell, Franziskaner Hefe-Weisse, Andechser Weissbier Hefetrüb, Kapuziner Weissbier, Erdinger Weissbier, Penn Weizen, Barrelhouse Hocking Hills HefeWeizen, Eisenbahn Weizenbier

    E assim é em todos os estilos que são comuns a eles (nem todos estão citados por ambos).

    ab.
    Mauricio Chaulet

  2. Grande debate, “Xará” Maurício!
    Mas quando eu disse “mais completo”, quis transmitir a mensagem de que o guia da Brewers Association possui mais estilos do que o do BJCP. Na minha opinião, em comparação com o BJCP, o BA é um guia mais concatenado com a evolução de estilos de cerveja no mundo. É atualizado a cada 2 anos com a contribuição dos jurados da World Beer Cup e Great American Beer Festival. Essa é a sua vantagem.
    Já a vantagem do BJCP é a melhor descrição de cada estilo (como bem observado por você), particular no qual o guia BA não é tão completo. O BJCP ainda dá exemplos de rótulos-paradigma para cada estilo que elenca, e ainda fornece dados técnicos fundamentais para o entendimento histórico, a avaliação e sobretudo para a confecção de cervejas, dados esses muitas vezes omitidos no guia BA.
    Não quero promover “guerra” entre os dois guias, muito pelo contrário! Estudá-los em conjunto, complementarmente, é uma das chaves para entender melhor sobre cerveja.
    E eu jamais poderia denegrir o guia do BJCP, uma vez que ele é a base do Ranking do BREJAS!
    Um abração e valeu pela ótima participação!

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