CELTA: A saga de um artesão da cerveja

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A infância de Luis Antonio Teixeira foi desfrutada entre toda sorte de brindes relacionados à cerveja, de chaveiros em forma de abridor a minibarris de chope, trazidos por seu avô Sebastião, já falecido, que foi durante 25 anos o cervejeiro prático da extinta Cervejaria Antarctica Niger, em Ribeirão Preto (SP). Veio, pois, do berço a paixão pela cerveja do homebrewer, hoje com 41 anos, que acaba de levar o 5º lugar no IIº Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn com a sua robust porter Celta Black Panther.

BREJAS já havia “descoberto” há tempos o cervejeiro por ocasião da degustação de uma outra pérola de sua lavra, a pale ale Celta Golden Ale (veja matéria exclusiva da breja AQUI). Com a divulgação de seu nome como finalista do concurso da cervejaria blumenauense — ombreando com outros consagrados cervejeiros caseiros, como o carioca Leonardo Botto — Teixeira agora se surpreende com a fama repentina que conquistou no meio homebrew. Luis já deu entrevistas a grandes veículos de comunicação nacional e suas cervejas, que já eram disputadas a tapa entre os amigos, agora estão sendo sondadas para distribuição comercial. 

Luiz Teixeira levou um destes jornais, com uma das entrevistas que concedeu, à sua avó de 81 anos, ainda forte e lúcida, viúva do velho Sebastião. Conta, emocionado, que a idosa senhora chorou de alegria: O neto realizara, enfim, o sonho do avô. É um ciclo da vida que se fecha. Agora o Luis já pensa em abrir a sua própria fábrica quando, então, outro ciclo novinho em folha recomeçará, na beleza que é a vida que sempre há de seguir.

            A CERVEJA

O nome Celta Black Panther foi criado por Luis Teixeira para homenagear seu time do coração, o Botafogo de Ribeirão Preto, alcunhado de “Pantera da Mogiana”. A cerveja foi elaborada com maltes dos tipos Viena, Carahell, Premium e Chocolate, bem como o fermento Safale (trapista), que lhe conferiram um belíssimo corpo e personalidade marcante. É negra como só ela, e ostenta um creme marrom maravilhosamente denso, consistente e persistente.

BREJAS teve acesso à Pantera quando a cerveja ainda estava “verde” (não completamente maturada), bem como às imagens da produção da felina, na cozinha do Luis. As fotos da alquimia do artesão estão reunidas no pequeno filme que o leitor pode assistir aí embaixo, bastando clicar na seta:

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SAIBA MAIS:

– Assista à reportagem especial sobre o cervejeiro na Record News AQUI.

– Acompanhe o Blog da Celta, no qual o homebrewer explica o passo-a-passo das suas criações.


Comments

6 responses to “CELTA: A saga de um artesão da cerveja”

  1. David Jr (Ituverava-sp) Avatar
    David Jr (Ituverava-sp)

    Como é bom saber de novas cervejas, esses grandes magos produtores caseiros, da muita vontade de experimentar, sorte a celta, e sorte ao fogão de ribeirão, abçs

  2. Renato Vialto Avatar
    Renato Vialto

    Eh muito bom ver o reconhecimenteo dos fabricantes caseiros DE QUALIDADE. Assim como ele fica cocntete com o reconhecimento eu fico feliz de ver que cada dia mais as boa cervejas artezanais tomam as vistas do mercado comercial. Seria muito bom ver uma celta sendo vendida e distribuida pelao brasil todo. AFINAL DE CONTAS o Luis merece

  3. eu já tomei!!! eu já tomei!!! eu já tomei!!! heheheh
    abraços a todos e mais uma vez, parabens ao Luis pela ótima cerveja…

  4. Olá colegas,

    Faço questão de deixar um recado de boa sorte e prosperidade ao Luís.
    O cara é apaixonado por isso. Ainda não provei as cervejas dele, mas na primeira oportunidade com certeza farão parte de um post no meu blog. Devem ser muito boas. Tenho inclusive muita vontade de provar a citada Pilsen Ale, fiquei muito curioso, deixando a classificação por estilos de lado.

    Grande abraço Luís.

    Rodrigo Campos
    Fortaleza – Ce.

  5. Daniel Navarro Avatar
    Daniel Navarro

    O cara é ribeirãopretano, botafoguense (de volta à primeira divisão) e muito gente boa. Teria mesmo que fazer uma cerveja muito especial.

    Ainda não experimentei suas criações mas estou na fila. A história do Luis e seu avô é muito bonita mesmo foi bem contada pelo Maurício.

    Além do mais, fico feliz do eixo homebrewer não se concentrar apenas em grandes centros.

  6. Luis Antonio Teixeira Avatar
    Luis Antonio Teixeira

    Obrigado ao Brejas pela matéria e aos amigos David, Renato, RodrigoTozzi, Rodrigo Campos, e Daniel pelas palavras de incentivo.
    A arte de fazer cerveja em casa vem crescendo muito no Brasil graças a divulgação de sites e blogs importantes para a cultura cervejeira, como o ”Brejas”, o ”Hummmm, Cerveja !!!!”,o ” Para que vocerveja”, O ”Obiercevando”, entre outros interessantes sites.
    A maioria dos proprietários das ótimas microcervejarias que temos no Brasil, como a Colorado por exemplo, já foram Homebrewers.
    Outras Microcervejarias, como a Bamberg e Eisenbahn e a própria Colorado, dão extrema importancia ao conhecimento adquirido na prática pelos cervejeiros caseiros, aproveitando tais conhecimentos em suas mais novas criaçôes, com bastante sucesso.
    Sem a paixão de fazer cerveja em casa, que nós homebrewers temos, acho que teriamos um numero reduzido de microcervejarias e consequentemente, de ótimas cervejas.
    Então, que cresça sempre essa prática !!!!

    Um forte abraço aos Confrades do Brejas e os amigos.

    Luis Teixeira,
    Ribeirão Preto-SP

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