Cresce a procura por cervejas importadas para o final do ano

Dólar baixo alavanca vendas

Com queda acumulada no ano de 26,15%, o dólar favorece a compra de produtos importados no período de festas, época tradicional para o consumo de cervejas, espumantes, vinhos e bebidas em geral. Depois de terem comprado 7,9% a mais de importados em novembro, os supermercados do país esperam aumento de até 12% nas vendas de bebidas estrangeiras no fim deste ano, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). 

O presidente da entidade destaca que a cerveja começa a ganhar espaço entre os tradicionais destilados, que estão se tornando mais sofisticados: “Não é aquela cerveja de todo dia, de fim de semana, mas para momentos mais específicos”.

O empresário Leonardo Oliveira, de 32 anos, abriu há quase dois anos a Beer Taste, bar e loja de cervejas, com 90% dos rótulos importados, a maioria de origem europeia. Ele passou de 50 marcas no final de 2008 para quase 90 este ano e as vendas já cresceram cerca de 30% no período. “A quantidade de rótulos hoje é muito maior, e os preços, mesmo com a maioria das cervejas custando em euro, se estabilizaram. Algumas marcas que não chegavam, agora chegam” – explica Leonardo.

Na loja, na Barra da Tijuca, a cerveja mais barata é a Bitburger (R$ 6,90), que, apesar de ser alemã, é produzida no Brasil. A marca belga DeuS, de 750 ml, é uma das mais caras, a R$ 239,90.

Na rede Portofino, a venda dos itens importados em geral cresceu 15% em relação a 2008. Entre as bebidas, segundo o gerente Leonardo Bettamio, o consumo aumentou até 27%. “É um público fiel, e que vem crescendo exponencialmente. Cervejas belgas, alemãs, vinhos, venderam 40% a mais em relação ao ano passado”.

Fonte: Jornal do Brasil