O Odimi é um cara reservado, que podemos até chamar de tímido (spolier!). Suas avaliações são cheias de história, com descrições detalhadas da sua experiência degustando cada cerveja. São daquelas avaliações que dá vontade de beber a breja lendo o texto junto. No seu caso, avaliar cada cerveja é realmente uma arte. Seu negócio é qualidade, e não quantidade, e isso fica muito claro em cada nova avaliação feita aqui no Brejas.
Odimi Toge
Primeiramente, gostaria de esclarecer que Odimi Toge é um pseudônimo que utilizo há mais de 15 anos em alguns fóruns de internet. Porém quem quiser descobrir meu nome não terá dificuldade (risos).
Perfil no Brejas: http://www.brejas.com.br/perfil/odimitoge
Cidade: Paraguaçu Paulista/SP
Participa do Brejas desde: 07 de novembro de 2010
Cadastro de número: 5156
Primeira avaliação: 07 de novembro de 2010
Completou 1.000 avaliações: 22 de agosto de 2015
Dias para 1.000 avaliações: 1.780 (média de 0,56 cerveja por dia)
Estilo Favorito: Fico feliz em admitir que não tenho um estilo favorito. Gosto de absolutamente todos os estilos de cerveja. Creio que praticamente qualquer estilo pode oferecer uma cerveja espetacular a seu próprio modo.
Cerveja pra ter na geladeira: Quando se fala em geladeira, penso em cervejas para o dia-a-dia com bom custo-benefício. Linha Colorado, Baden Baden, Eisenbahn, Invicta, Leffe, Hoegaarden e Brooklyn são alguns exemplos. Ah, aquela lager gelada comum também não pode faltar: vale Heineken, Estrella Galicia e até Ambev!
1. Como você conheceu o Brejas?
Tudo começou quando um amigo me deu um copo de Leffe Blond e eu fiquei fascinado por ela. Foi a cerveja que me despertou da “Matrix” cervejeira . Como sou uma pessoa curiosa, comecei a pesquisar pra saber mais sobre ela. Inevitavelmente, caí no Brejas.
2. O que mais te motiva a avaliar cervejas no Brejas?
No começo minha motivação era desenvolver um mínimo de apuro técnico para “destrinchar” uma cerveja e compreendê-la de acordo com a sua proposta. Também busquei desenvolver vocabulário e linguagem adequados para construir o texto. Hoje, mais experiente, sinto ter adquirido capacidade suficiente para não apenas continuar aprendendo, mas também ensinar algo a quem está começando. Então acho que minha atual motivação está mais ligada a repassar informações e também deixar um registro mais ou menos confiável sobre determinado rótulo. Gosto de pensar que posso ajudar alguém que está pesquisando sobre uma cerveja e – quem sabe – até mesmo um fabricante à procura de ‘feedback’.
3. Você tem alguma estratégia específica para escolher suas cervejas? Se baseia em alguma lista, dá preferência por algum estilo, aproveita alguma ocasião específica para encontrar novas cervejas?
Por morar em cidade pequena, no início foi difícil adquirir rótulos com base na escolha devido à falta de opções. Então eu meio que pegava qualquer coisa que aparecesse de novo nos supermercados da região. Felizmente hoje a coisa está mais disseminada, surgiram alguns bares especializados e o comércio online está aí. Assim, tenho tentado otimizar minhas aquisições com base nas condições financeiras, preferindo pegar quatro rótulos de 20 reais do que um de 80. Sempre que viajo (eventualmente frequento festivais de cerveja) dou uma passada em mercados e empórios pra dar uma olhada. Também costumo pegar tudo que é rótulo barato que nunca tomei (incluindo malzbier e sem álcool) pra escrever no Brejas. Sempre brinco que sou o rei das cervejas “ruins”! (risos) Não conta pra ninguém, mas eu ADORO beber uma cerveja ruim; não apenas pra aprender sobre “of-flavours”, mas também pra valorizar mais uma cerveja boa!
4. Quais seriam suas dicas e conselhos a quem ainda não criou coragem para começar a avaliar, ou avaliou apenas algumas e acabou desistindo?
Minha dica é que a pessoa não se acanhe com medo de ser imprecisa, equivocada ou achar que não consegue escrever tão bem. A melhor maneira de evoluir é através da prática, mas excelência só vem depois de muitos erros. Dia desses eu dei uma olhada nas minhas primeiras avaliações e as achei muito engraçadas. Ainda bem que eu não tive vergonha de escrever tanta bobagem! (risos) Mas se eu não tivesse viajado na maionese lá, não teria chegado aqui. O fato é que , apesar da relativa “experiência”, a gente continua viajando muito – sempre – só que de uma forma diferente. Esse negócio de análise sensorial é algo muito subjetivo.
Outra dica é filtrar as características sensoriais mais citadas pelos confrades e procurá-las na cerveja. Não é uma técnica totalmente confiável, mas em muitos casos ajuda a formatar as primeiras imagens mentais sobre o que é um “frutado”, “resinoso” ou “herbáceo” – por exemplo. Agora – mais importante do que saber avaliar, descrever e falar – é saber apreciar a cerveja em toda sua plenitude. Afinal, o que faz a vida valer a pena é a riqueza de nossas subjetivações. Beber cerveja apenas pra citar atributos técnicos, sem curtir, não enriquece nossa maneira de experienciar o mundo.
5. E qual a dica pra chegar nas 1.000 avaliações?
Sem querer desfazer do simbolismo que o número mil carrega – mas pra mim a quantidade de cervejas avaliadas não significa nada se o conteúdo for vazio. Prezo mesmo é pela utilidade que elas possam ter a quem busca uma opinião. Então, minha dica é esquecer esse papo de número e aproveitar o prazer gustativo em todas suas vicissitudes.
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