Cervejaria Therezópolis usa palavra “proibida” pela Fifa e perde R$ 400 mil

TherezopolisGold

Um descuido durante o processo de criação custou caro a uma tradicional cervejaria de Teresópolis, cidade que abriga a Granja Comary e recebe a seleção brasileira no período de preparação antes da Copa do Mundo.

Ao não identificar a proibição do uso de marcas registradas pela Fifa para a Copa do Mundo sem prévia autorização, a “Therezópolis” produziu indevidamente a linha especial Therezópolis Gold para o Mundial e acabou tendo um prejuízo de aproximadamente R$ 400 mil. No rótulo das embalagens vendidas a R$ 37 aos comerciantes, a inscrição “Brasil 2014” causava a polêmica.

O valor elevado do prejuízo corresponde às 10.800 garrafas recolhidas rapidamente dos pontos de comércio assim que o equívoco foi identificado pela empresa.

Alertado por vendedores e consumidores, a cervejaria, além de interromper a produção, teve que correr para retirar a cerveja de circulação e evitar um prejuízo ainda maior na esfera judicial.

Segundo comerciantes ouvidos pela reportagem, as garrafas não chegaram a ficar uma semana expostas na prateleira. A empresa disse que a ação de retirada para evitar danos maiores durou dois dias.

Além da Fifa proibir o uso expressão marcada nas garrafas, a CBF também poderia encrencar com a situação, já que as cinco estrelas da camisa foram igualmente reproduzidas.

Em contato com o UOL Esporte, a cervejaria confirmou o problema na produção, mas minimizou o dinheiro que deixou de ganhar. Segundo a “Therezópolis”, a linha não chegou a ser produzida em grande escala, o que poderia gerar um prejuízo considerável. Além disso, a cervejaria disse que estudava a hipótese de algumas garrafas serem reaproveitadas, trocando-se apenas o rótulo promocional usado de maneira indevida.

Problemas antigos

O problema com cervejarias da região serrana do Rio de Janeiro envolvendo a seleção não é inédito. Em 2010, no período da Copa do Mundo na África do Sul, a CBF acionou judicialmente o grupo Petrópolis por conta de um produto da linha “Crystal” que também utilizava a marca da entidade. Na época, a Justiça determinou que a empresa pagasse uma multa de R$ 10 mil à confederação.

Segundo o departamento jurídico da CBF, o processo está em fase de execução da pena, sendo feito o cálculo de quanto a cervejaria terá que pagar após o fim do imbróglio.

Fonte: UOL Copa