Em 1785, a Boêmia, região ao sul da República Tcheca ainda sob o poder da dinastia dos Habsburgo, viu nascer a cervejaria Budejovický Budvar. Um século depois, quando iniciaram-se as exportações da cerveja, a fim de facilitar a leitura pelos consumidores, a empresa passou a distribuir sua breja sob o nome de Budweiser, que é a maneira alemã de dizer que o produto era proveniente da cidade de Budvar (nome alemão da localidade de Ceské Budejovice).
Chegando nos EUA, a briga foi armada
A batata da companhia assou quando o produto chegou aos Estados Unidos. É que, em 1876, a Anheuser-Busch, hoje ABInBev, registrara o mesmo nome para as suas brejas. A briga judicial perdurou até 2007, até que celebrou-se o acordo que perdura até hoje: Nas Américas, a Budweiser tcheca é comercializada sob o nome Czechvar. A breja, uma joia representativa das verdadeiras Bohemian Pilsners, é vendida hoje no Brasil em empórios e bares especializados (como o Bar Brejas, claro!).
Em 2010 a Anheuser-Busch perdeu o último recurso nessa pendenga, e está impedida de usar o mesmo nome na União Europeia. Ou seja, até agora, é “cada um no seu quadrado”.
Visita dos sonhos
Na mesma Ceské Budejovice — na qual visitara horas antes a cervejaria Budejovický Mestanský Pivovar, que produz a cerveja 1795 (veja aqui a matéria dessa visita), está plantado o imponente prédio da Budejovický Budvar.
As visitas são guiadas, e o acesso à fábrica é completo. Ao lado fica o magnífico pub da cervejaria que, claro, também visitei. Acompanhe abaixo mais imagens dessa visita dos sonhos (basta clicar em cada imagem para ampliá-la):
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Mauricio Beltramelli é Sommelier de Cervejas diplomado pela Doemens Akademie (Alemanha) e Mestre em Estilos de Cerveja e Avaliação pelo Siebel Institute (EUA).
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