Ótima cerveja.
Bela aparência, forma uma espuma média, cremosa, poucas bolhas, entre branca e bege clara, deixa uma boa renda no copo e lágrimas de álcool ao girar o copo. Nublada e levemente borbulhante. Coloração laranja escura.
Aroma bem agradável, rico, malte entre leve e médio, leve caramelo, cereais e biscoito. Lúpulo intenso, um tanto cítrico, meio flores, grama, leve pinho e laranja. Álcool leve. Ainda leve frutas cristalizadas e traços de licor.
Sabor bem agradável, rico, longa duração, doçura inicial meio leve, amargor intenso, leve álcool, reflete bem as notas cítricas e de grama do lúpulo, seguido de um leve caramelo e algumas notas alcoólicas bem inseridas.
Corpo entre médio e intenso, textura cremosa, carbonatação média, final duradouro, amargo e ligeiramente seco.
Destaque para a bela sensação na boca, com um belo amargor, assim como a bela espuma e o álcool bem disfarçado. Espuma permanece até o final.
Cheers!
De cor âmbar alaranjada, bom creme e persistente.
No aroma o frutado prevalece, laranja, lúpulo, floral.
Sabor é levemente adocicado, cítrico e frutas amarelas, toffee e, claro, lúpulo. São 100 IBUs com 10,5% bem inseridos. Corpo médio, retrogosto amargo e seco.
Boa breja da Niteroiense Noi.
Esta Noi (‘nós’ em italiano) Amara é do estilo India Pale Ale, sub-estilo Imperial IPA (ou Double IPA, DIPA, I2PA) que caracteriza uma versão "turbinada" duma IPA normal, com doses maiores de lúpulo e álcool. Sua origem remonta ao lançamento da Rogue IPA nos idos de 1996, para satisfazer os americanos apaixonados por lúpulo. É ligeiramente mais escura que uma IPA devido ao uso de malte em maiores quantidades pela necessidade de equilibrar a expressiva carga de lúpulo (variedades americanas e inglesas, em regra). Desta combinação resulta um perfil eminentemente amargo, mais alcoólico e ainda assim refrescante. Os exemplares costumam passar pelo método dry-hopping (adição de mais lúpulo após a fervura), a coloração varia do âmbar ao acobreado, podem ser límpidas ou turvas, e tem bela formação/retenção de espuma; o aroma e o sabor se apresentam dominados pelo lúpulo, este variando de saliente a intenso, com notas cítricas e resinosas; as notas maltadas se apresentam discretas ou medianas e tem algum caráter tostado e caramelado; o corpo não é alto, a carbonatação é mediana, o final é seco e o retrogosto é lupulado e persistente e a graduação alcoólica pode variar entre ABV 7,5% e 10%. No geral é um estilo fácil de beber, sobretudo para os amantes do lúpulo.
É produzida pela Cervejaria Noi, que pertence a um grupo que já explorava a gastronomia e decidiu prover os estabelecimentos com a própria cerveja. Trata-se da primeira micro cervejaria de Niterói/RJ e suas atividades tiveram início em 2011. Tem como sócios Osmar Buzin e Leonardo Stefanini e segue capitaneada pelo Mestre Cervejeiro Gilmar Gutbrodt, além de contar no time com o conhecido Leonardo Botto (criador desta Noi Amara). O portfólio tem 8 rótulos (Bionda, Bianca, Bionda Oro, Rossa, Avena, Nera, Amara e Cioccolato – edição limitada), e este é o primeiro que degusto.
Lote 07 – validade 27.12.2015. A garrafa é de 600 ml, cor marrom, e possui tampa na cor prata. No gargalo consta uma ‘gravata’ na cor preta que traz as expressões ‘A cerveja concebida sem pecados’ e ‘Primeira Cerveja Produzida em Niterói’, ambas separadas pela figura de uma taça cheia de cerveja. O rótulo é discreto, mas bonito. Apresenta-se na cor verde, alternando tons mais claros e escuros, e traz em destaque o nome da cervejaria e o do rótulo, tendo ao lado flores de lúpulo e abaixo menção ao estilo – Imperial India Pale Ale, ao método ‘dry-hopping’ e à graduação alcoólica – ABV 10,5%. Na lateral do rótulo menção aos ingredientes, endereço da cervejaria, impressões sensoriais e dicas de harmonização.
Vertido na taça o líquido revelou uma coloração acobreada com boa translucidez. A espuma se revelou de matiz bege, com rica formação e boa cremosidade; a persistência do creme se mostrou destacada e foram desenhadas algumas rendas pelas laterais da taça. Por fim, uma camada tampão restou perene sobre o líquido. Perlage (bolhas) perceptível.
O aroma desprende bem e com boa intensidade, tendo revelado um potente amargor e uma base maltada à altura do estilo. Percebi notas de caramelo e tostado, aliadas a um saliente festival de lúpulos que proporcionam sensação herbal, floral, frutado e cítrico bem intenso que lembra laranja e grapefruit. O álcool é saliente e volatiza bem.
No paladar o líquido se apresenta aveludado e referenda a potência amarga sinalizada no olfato. Apenas o início tem algum dulçor, com notas maltadas de tostado e caramelo, logo suplantado por muito lúpulo com sensação de herbal, floral, frutado e cítrico bem intenso que lembra laranja e grapefruit. O final se apresenta amargo e seco e o retrogosto é picante. O corpo é médio-leve e a carbonatação é média. O álcool de ABV 10,5% é potente, mas não é protagonista como em outros estilos de semelhante graduação. A palatabilidade é ótima – breja fácil de beber, sobretudo para os que flertam com cervejas hiper lupuladas.
Degustação bastante prazerosa, proporcionada por um conjunto bem representativo do estilo.
Boa cerveja de coloração caramelo, suave na entrada mas com um retrogosto amargo amargor equilibrado com o corpo e aroma teor alcolico acentuado mas sem aquele gosto etilico, pois a um equilibrio bacana nesta Imperial IPA.