Baladin Lune Riserva Teo Musso

Pedro Bianchi
Updated 10 de Junho de 2013
 
4.7 (1)
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Avaliação Geral
 
4.7
Aroma
 
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Aparência
 
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Sabor
 
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Conjunto
 
9/10
É de extrema ousadia, ser pioneiro no movimento cervejeiro artesanal, ainda mais de um país como a Itália, um dos países mais tradicionais produtores de vinho, bebida fermentada que tem certa "rivalização" com a cerveja, até os dias de hoje, sempre considerada mais sofisticada que o fermentado de malte. Ainda mais ousado, se sair da região do Piemonte, onde são produzidos os vinhos Barolo, considerado "Rei dos Vinhos". O pai de Teo Musso, como qualquer italiano mais conservador, nunca se conformou do fato do filho ter ido para o mundo das cervejas e começado a grande revolução que por lá acontece. Para homenagear seu pai e "fazer as pazes", Teo fez uma parceria com os 30 maiores produtores de vinho da Itália, que cederam 6 tonéis dos seus melhores vinhos, para que Teo pudesse experimentar, criar, maturando suas cervejas. O nome das crias: Terre e Lune. A Lune é uma cerveja maturada em barris de vinho branco, o que obviamente confere aromas dos próprios, além de uma sensação amanteigada que combina bem com a riqueza dos maltes da cerveja base.
Vertida na taça, apresentou uma coloração âmbar, em tons alaranjados, mostrando diversas camadas, como já era possível ver na garrafa transparente. A cerveja ainda tem turbidez considerável. Seu creme se forma muito timidamente, apenas com uma película de espuma.
Já os aromas vem numa pancada. Um riqueza invejável, que traz uma boa combinação dos maltes e da maturação nos barris de vinho. Tem lembranças vívidas de nozes, além de tons de castanhas e marzipan. Como se não fosse suficiente, os maltes ainda trazem lembranças um pouco menos intensas de chocolate, avelã, caramelo e mel. A maturação na madeira traz aromas terciários que contribuem ainda mais para a fantástica complexidade aromática que aparece por aqui, com lembranças de manteiga, uvas brancas e madeira.
A mesma maciez e riqueza predomina no paladar, novamente com sensação oleosa das castanhas e com a doçura imperando, graças a robusta carga de maltes. A sensação licorosa, quase pegajosa é ainda ressaltada pela falta de carbonatação. O retrogosto traz uma sutil sensação de adstringência, advinda da maturação nos barris de vinho, além de uma longa doçura que permanece na boca.
Diferente de qualquer cerveja que provei e até mesmo que qualquer vinho, mesmo que esta mostre característica de âmbos com muita nitidez. Na minha opinião mostrou mais harmonia entre a cerveja base e os aromas terciários da maturação em barris de vinho do que a Terre, outra cerveja da linha, que homenageia os vinhos tintos. Com tanta discusão sem sentido, pseudo-guerras entre vinho e cerveja, Teo Musso mostra que as duas bebidas podem conviver em perfeita harmonia, até mesmo num único líquido.

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