Na Brasil Brau 2011 essa cerveja estava bem melhor, exibindo os típicos aromas e sabores de uma weizen tradicional. Resolvi arriscar a versão garrafa e me dei mal.
A aparência atípica já chama a atenção: âmbar, turva, bem mais escura que o tradicional amarelo/alaranjado da maioria das weizen. Apresentou média formação de um creme claro, de curta persistência, decepcionante em se tratando do estilo. No aroma, um cheiro esquisito que eu demorei a identificar o que era exatamente, por só ter sentido isso numa cerveja uma única vez antes: mamão! Isso mesmo, confrades, mamão, mais precisamente o éster butirato de etila, segundo me explicou o grande conhecedor e confrade Pedro Bianchi. Não sei se é defeito, se é aceitável, só sei que de banana e cravo eu não achei nada, só o bendito mamão, que dominava tudo. Não é que eu não goste de mamão, mas não é esse o aroma que você espera quando se cheira uma cerveja de trigo. O sabor segue o aroma, frutado, levemente ácido, mais fraco que o nariz, mas ainda remetendo a mamão; o final é "perfumado", por falta de palavra melhor e sem nada de amargor. O corpo é levíssimo, muito aguado, mesmo para uma weizen. A carbonatação é alta. Enfim, não sei se peguei um exemplar comprometido, mas a verdade é que de weiss essa cerveja não tinha nada e definitivamente não agradou.