Âmbar,turva,média carbonação,espuma mediana com baixa duração;aroma adocicado,apresentando malte tostado,caramelo,tofee,leve frutado ao fundo;sabor segue o aroma,porem mais suave,condimentos são notados dando um leve picante ao fundo,corpo um tanto fraco para o estilo,drinkability razoável. Não sei,mas faltou algo,seguindo a opinião do companheiro Odimi,talvez o transporte comprometeu a qualidade,sinceramente me decepcionou.
A ZeHnbier fica na cidade de Brusque em Santa Catarina e desde 2003 vem produzindo suas cervejas puro malte, não-filtradas e sem conservantes. O nome "Zehn" foi criado graças a junção da inicial 'H' do fundador Hylário com o seu sobrenome "Zen". Além disso, "zehn" também quer dizer 'dez' em alemão.
Líquido translúcido de coloração âmbar e sutil turbidez. Espuma branca de média formação e duração.
O aroma não impressiona, revelando apenas algumas parcas notas de malte caramelo, manteiga e legumes cozidos - indícios de diacetil e DMS (dimetil sulfeto).
Infelizmente, o sabor também não é dos melhores. A suave presença de malte tostado e caramelizado é logo sufocada por uma parede de oxidação que, junto aos lúpulos, cria uma desagradável sensação "amargatalizada" (amarga + metalizada). O resultado lembra mais uma infusão de parafusos enferrujados numa xícara de chá mate velho e sem açúcar. Decepcionante. O final é seco e ríspido, com leve toque de fermento. No aftertaste, dispensáveis notas de cabo de guarda-chuva encerram esta infeliz experiência.
Ao que tudo indica, o exemplar degustado está longe de sua melhor forma. Alguma coisa definitivamente está errada. Isso me faz pensar sobre qual a vantagem de oferecer um produto artesanal sem conservantes e estabilizantes se o objetivo é comercializá-lo em regiões distantes do ponto de fabricação sabendo que a logística e os cuidados de transporte muitas vezes estão aquém do ideal? Talvez fosse "menos pior" perder apenas um pouco do caráter passando por um "banho químico" do que perder completamente a linha e o carretel como foi neste caso. Uma pena.