Não tenho muitas informações sobre esta cerveja, mas até onde sei, ela foi produzida por dois Homebrewers, João Paulo e Brócolis. Não sabia muito o que esperar, já que talvez esta seja a minha primeira experiência com uma cerveja caseira no estilo Strong Golden Ale. E acabou me surpreendendo positivamente.
Sua coloração é dourada/alaranjada com certa turbidez. O creme se forma muito bem, com uma coloração branca, levemente "suja", mas que acaba sendo decepcionante, pela pouca duração e até uma tentativa de formar uma renda belga.
O aroma é delicioso, com uma boa carga de ésteres frutados, que me remeteram a banana, que junto a sugestões de mel provocadas pelo malte, me agradou bastante. Malte esse que ainda traz características de caramelo. O aroma já é bastante condimentado, mostrando boas notas de cravo e ainda um certo herbáceo. O lúpulo ainda nos presenteia com um belo bouquet floral. O teor alcoólico já mostra uma porrada no aroma também. Infelizmente senti um toque de papelão, que não foi muito legal, mas não comprometeu tanto o conjunto.
Se o aroma tinha notas de especiarias presentes, na boca elas se confirmam com mais intensidade. Na entrada o frutado vai dominando a boca, novamente com sugestões de banana, pera e até pêssego. Sobrepondo as notas docinhas do começo, vem um ataque de fenóis. As especiarias são bem pesadas, com notas de cravo e apimentado, ainda com um toque herbáceo, que caiu como uma luva. Ainda senti de cascas de laranja. O final vai mostrando as notas herbáceas um pouco mais presentes, dando um perfil seco e levemente amargo. O álcool é bem evidente, chegando a "roçar" na garganta, talvez mostrando que ainda é um pouco desbalanceada.
Apesar de um pouquinho desbalanceada, a Baronesse tem uma baita personalidade e muita potência. Para o meu gosto está de muito bom tamanho, já que gosto de cervejas bem marcantes e intensas. Estão de parabéns, estes Homebrewers.