Quem visita hoje uma cervejaria moderna não se surpreende com as enormes caldeiras de cobre onde são brassadas as brejas. Porém, nem sempre foi assim.
No início da atividade cervejeira humana, os metais, quando e se existiam, eram demasiadamente caros e difíceis de serem produzidos. A única alternativa no tocante a recipientes — ao invés de impensavelmente deixar de fazer cerveja — era a madeira. Mas como esquentar o mosto, já que, logicamente, era impossível atear fogo ao fundo do recipiente de madeira sem danificá-lo?
Os cervejeiros antigos não se apertaram. Se o calor não poderia vir de baixo da panela, que viesse de cima. Elaboraram, então, o engenhoso método de aquecer rochas, as quais eram adicionadas ao mosto, fervendo-o mesmo no caldeirão de madeira. Era o nascimento do que hoje se conhece como steinbier (stein, em alemão, significa pedra), cuja breja é fabricada hoje por apenas uma cerverjaria, a Rauchenfels, da cidade alemã de Neustadt.
Decididos a reproduzir pela primeira vez a steinbier em solo brasileiro, os cervejeiros caseiros gaúchos Alessandro Ren, Maurício Chaulet e Pedro Braga (este último, dono do ótimo blog Trinkt Mehr, que significa “beba mais”, em alemão) toparam o desafio. Reuniram-se eu uma chácara — para, segundo eles, terem uma considerável “área de escape” caso algo desse errado na aventura cervejeira –, esquentaram algumas pedras de granito vermelho do tamanho de um punho fechado e mergulharam-nas ao mosto previamente preparado.
O leitor pode assistir ao resultado do experimento inédito no vídeo logo aí abaixo, e todos os detalhes dessa alquimia clicando AQUI. Pra coroar o espetáculo, o trio gauchês fechou a tarde saboreando, claro, um churrasco de costela, tchê!
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